Vivendo a oração em família...
Hoje o dia é de
agradecimento! Sinto-me imensamente grata por todos os momentos e oportunidades
vividas até aqui e principalmente pela minha família, “complicada e perfeitinha”.
Nos descaminhos também somos família
Em minha vida a palavra família tem
sido muito mais do que uma definição de um grupo social. Por mais que a utilize
em diversos contextos sinto-me agradecida por sempre sentir no coração toda a
intensidade de ser família.
Até parece que relatarei uma bela
história de vidas tão diferentes e tão felizes, sempre! Mas, prefiro
simplesmente falar sobre toda a verdade de sentimentos que formam a minha
família. Somos muito distintos e incrivelmente unidos.
Durante oito anos fui filha única de
pais amorosos e atenciosos aos quais sou muito grata por ter tido uma formação
católica e participativa na comunidade. Com a chegada da minha irmã não foi
diferente, recordo de que ela participou comigo de uma Coroação a Nossa Senhora
Aparecida, deveria ter por volta de dois anos de idade e já atuante na
comunidade.
Minha primeira comunhão foi muito
marcante com uma turma de sessenta crianças e eu tão tímida e ao mesmo tempo
tão comprometida fiz a leitura do salmo. Meu catequista durante a Crisma foi o
Monsenhor Antonio. Era uma turma grande então, eram organizados grupos de
estudo e geralmente eu era a representante para organizar a discussão sobre os
temas propostos. Também recordo das projeções de slides do Antigo Testamento:
Moisés. Que boas lembranças!
No meu último ano de Crisma fui
convidada para substituir uma catequista da turma de 4ª etapa da Eucaristia e
assim comecei meu trabalho como Catequista, que responsabilidade.
Durante alguns anos continuei
como catequista e jovem da Pastoral da Juventude. Vivi uma época onde a PJ era
forte e atuante em nossa Paróquia, fazíamos teatros, estudos, reflexões,
passeios e até Retiros de Carnaval, o que já não acontece atualmente. Éramos uma
turma de jovens muito engajados e felizes, graças a Deus.
Os anos seguiram e pensei ser o
momento de começar a minha família. Casei-me, tive dois filhos e junto com
todas as dificuldades o casal não conseguiu seguir o mesmo passo, nos divorciamos
e vi minha vida totalmente desestruturada, perdida. E quando pensei que não era
capaz tive o apoio dos meus pais e irmã, a minha família. Recordo-me de deixar
os filhos pequenos com minha mãe e ir à missa das 10h e praticamente mergulhar
na oração, afinal era preciso sentir-me forte para dar conta de toda a
responsabilidade que cabia a mim. E foi isso que fiz. Apesar de sentir que não
era digna de estar ali por ser divorciada algo lá no fundo do meu coração me
dizia, que bom você estar aqui. E a Igreja sempre foi o lugar onde me sinto mais
feliz, animada para seguir e vencer os desafios que eram e são muitos.
Aos poucos com muito apoio da
família, as orações e orientações, consegui reencontrar um novo sentido para
minha vida. Há mais de dez anos estou de volta ao lar que cresci, agora com
meus filhos. Costumamos dizer que somos uma Grande Família de seis pessoas.
Vencemos a fase do choro, birras, febres e dor de garganta das crianças, agora,
adolescentes que começam a ter suas preferências, opções que muitas vezes
acabam em divergências, mas como costumamos dizer, sempre faremos de tudo para
que sigam o melhor caminho.
Temos essa composição diferente de
família, diferente do comum, mas totalmente nós. Sinto-me tão feliz e aceita
nela, pois são eles que me ouvem, apoiam, incentivam a ir sempre em frente e a
ter fé. Toda aquela fé que eu já tinha quando criança, adolescente, hoje me
fortalece para ser a base para meus filhos. A oração está sempre presente, mesmo
que os meus filhos muitas vezes se queixem, façam caretas quando são convidados
a rezar um terço, por exemplo, afinal são adolescentes. Mas, basta começarmos e
rezam conosco. No final estão sorrindo e podemos sentir a paz reinando em nosso
lar. Sem contar, a satisfação que sentem ao servir o altar como acólitos nas
missas, quando precisam trocar com alguém quase brigam, pois, ambos querem estar
no altar. Meu maior orgulho é vê-los seguindo a nossa fé, com alegria e
satisfação.
Muitos que frequentam ou passam pela
nossa casa costumam dizer que sentem uma paz tão grande aqui e concordo. Não
somos perfeitos, mas somos verdadeiros no sentir e no agir. Hoje mesmo rezamos
um terço em família e enquanto rezávamos vi cada um segurando seu terço, em
minha última viagem a Aparecida que foi no dia do meu aniversário 15/7 (na
verdade um presente da minha mãe, comemorar o meu dia na casa da Mãe
Aparecida). Trouxe um terço para cada um e lá estávamos rezando com o meu
presente. Essa fé e oração se estendem à minha irmã que cresceu nessa educação
espiritual e ambiente familiar, hoje de manhã falei com ela (está na Irlanda) e
me disse: "Já fui à missa hoje!".
Meus pais Antonio e Maria Inês estão
de parabéns por terem conseguido cultivar em nós a sementinha da fé para que
crescesse em cada um no seu tempo, do seu jeito. Mesmo com tantas diferenças
somos iguais no propósito de ter Deus presente em nossas vidas em todos os
momentos.
Taíse Renata da Cruz
Fotos da entrega do prêmio na Casa Paroquial
da Matriz de São João Batista
da Matriz de São João Batista
Agradeço em especial à Pastoral Familiar da Matriz
de São João Batista
de São João Batista
na pessoa do Doutor Paulo Poleselli
R$1.0000,00 em compras oferecimento Supermercado Carminati
Minha mãe Maria Inês, filhos Naiara e Maicon, João Carminati.
Monsenhor Antônio Santcliments Torras
Família, Padre José Antonio, Monsenhor Antônio e João Carminati
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