Vivendo a oração em família...

        Hoje o dia é de agradecimento! Sinto-me imensamente grata por todos os momentos e oportunidades vividas até aqui e principalmente pela minha família, “complicada e perfeitinha”.


    No ano de 2017 participei de um concurso de redação promovido pela Pastoral Familiar da Matriz de São João Batista, no qual, fiquei classificada em primeiro lugar. Hoje foi o dia de receber o prêmio pelas mãos do Monsenhor Antonio, João Henrique Carminati e Paulo Poleselli. Mais do que receber este prêmio, sinto a satisfação e a certeza de que na oração somos mais fortes! Assim, compartilho um pouco dessa história, da minha família. 

Nos descaminhos também somos família

          Em minha vida a palavra família tem sido muito mais do que uma definição de um grupo social. Por mais que a utilize em diversos contextos sinto-me agradecida por sempre sentir no coração toda a intensidade de ser família.
          Até parece que relatarei uma bela história de vidas tão diferentes e tão felizes, sempre! Mas, prefiro simplesmente falar sobre toda a verdade de sentimentos que formam a minha família. Somos muito distintos e incrivelmente unidos.
          Durante oito anos fui filha única de pais amorosos e atenciosos aos quais sou muito grata por ter tido uma formação católica e participativa na comunidade. Com a chegada da minha irmã não foi diferente, recordo de que ela participou comigo de uma Coroação a Nossa Senhora Aparecida, deveria ter por volta de dois anos de idade e já atuante na comunidade.
          Minha primeira comunhão foi muito marcante com uma turma de sessenta crianças e eu tão tímida e ao mesmo tempo tão comprometida fiz a leitura do salmo. Meu catequista durante a Crisma foi o Monsenhor Antonio. Era uma turma grande então, eram organizados grupos de estudo e geralmente eu era a representante para organizar a discussão sobre os temas propostos. Também recordo das projeções de slides do Antigo Testamento: Moisés. Que boas lembranças!    
          No meu último ano de Crisma fui convidada para substituir uma catequista da turma de 4ª etapa da Eucaristia e assim comecei meu trabalho como Catequista, que responsabilidade.
          Durante alguns anos continuei como catequista e jovem da Pastoral da Juventude. Vivi uma época onde a PJ era forte e atuante em nossa Paróquia, fazíamos teatros, estudos, reflexões, passeios e até Retiros de Carnaval, o que já não acontece atualmente. Éramos uma turma de jovens muito engajados e felizes, graças a Deus.
          Os anos seguiram e pensei ser o momento de começar a minha família. Casei-me, tive dois filhos e junto com todas as dificuldades o casal não conseguiu seguir o mesmo passo, nos divorciamos e vi minha vida totalmente desestruturada, perdida. E quando pensei que não era capaz tive o apoio dos meus pais e irmã, a minha família. Recordo-me de deixar os filhos pequenos com minha mãe e ir à missa das 10h e praticamente mergulhar na oração, afinal era preciso sentir-me forte para dar conta de toda a responsabilidade que cabia a mim. E foi isso que fiz. Apesar de sentir que não era digna de estar ali por ser divorciada algo lá no fundo do meu coração me dizia, que bom você estar aqui. E a Igreja sempre foi o lugar onde me sinto mais feliz, animada para seguir e vencer os desafios que eram e são muitos.
          Aos poucos com muito apoio da família, as orações e orientações, consegui reencontrar um novo sentido para minha vida. Há mais de dez anos estou de volta ao lar que cresci, agora com meus filhos. Costumamos dizer que somos uma Grande Família de seis pessoas. Vencemos a fase do choro, birras, febres e dor de garganta das crianças, agora, adolescentes que começam a ter suas preferências, opções que muitas vezes acabam em divergências, mas como costumamos dizer, sempre faremos de tudo para que sigam o melhor caminho.
          Temos essa composição diferente de família, diferente do comum, mas totalmente nós. Sinto-me tão feliz e aceita nela, pois são eles que me ouvem, apoiam, incentivam a ir sempre em frente e a ter fé. Toda aquela fé que eu já tinha quando criança, adolescente, hoje me fortalece para ser a base para meus filhos. A oração está sempre presente, mesmo que os meus filhos muitas vezes se queixem, façam caretas quando são convidados a rezar um terço, por exemplo, afinal são adolescentes. Mas, basta começarmos e rezam conosco. No final estão sorrindo e podemos sentir a paz reinando em nosso lar. Sem contar, a satisfação que sentem ao servir o altar como acólitos nas missas, quando precisam trocar com alguém quase brigam, pois, ambos querem estar no altar. Meu maior orgulho é vê-los seguindo a nossa fé, com alegria e satisfação.
          Muitos que frequentam ou passam pela nossa casa costumam dizer que sentem uma paz tão grande aqui e concordo. Não somos perfeitos, mas somos verdadeiros no sentir e no agir. Hoje mesmo rezamos um terço em família e enquanto rezávamos vi cada um segurando seu terço, em minha última viagem a Aparecida que foi no dia do meu aniversário 15/7 (na verdade um presente da minha mãe, comemorar o meu dia na casa da Mãe Aparecida). Trouxe um terço para cada um e lá estávamos rezando com o meu presente. Essa fé e oração se estendem à minha irmã que cresceu nessa educação espiritual e ambiente familiar, hoje de manhã falei com ela (está na Irlanda) e me disse: "Já fui à missa hoje!".
          Meus pais Antonio e Maria Inês estão de parabéns por terem conseguido cultivar em nós a sementinha da fé para que crescesse em cada um no seu tempo, do seu jeito. Mesmo com tantas diferenças somos iguais no propósito de ter Deus presente em nossas vidas em todos os momentos.
                                                                                                                               Taíse Renata da Cruz

Fotos da entrega do prêmio na Casa Paroquial 
da Matriz de São João Batista
Agradeço em especial à Pastoral Familiar da Matriz 
de São João Batista 
na pessoa do Doutor Paulo Poleselli


R$1.0000,00 em compras oferecimento Supermercado Carminati




Minha mãe Maria Inês, filhos Naiara e Maicon, João Carminati.


Monsenhor Antônio Santcliments Torras


Família, Padre José Antonio, Monsenhor Antônio e João Carminati



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