Assim...

Percebo o quão inerte posso estar em meio

 a imensidão de possibilidades tão aparentes.

Somos o que?

     Até quando valerá a pena sentir e sofrer por inverdades e inconstâncias a que nos sujeitamos de maneira tão

entregue? Ser uma aparente verdade convencional, apresentável e aceita, discorrente das insignificâncias e apelos dramáticos? 

    Inválida existência petrificada e dilacerada pela ausência de atitudes e compromissos com tudo a que se sujeitam. Sem considerar que as escolhas feitas geram consequências, sendo preferível encontrar culpados e se demonstrar alheio e indiferente aos acontecimentos.

  Porém, não é preciso inquietar-se. A todo momento é possível dispor de uma de suas muitas faces e apresentar-se da forma que lhe for mais convenientes. 

    A praticidade implica na usualidade por conveniência , no esconder-se nessa disputa desleal entre sonhos e realidade, figurando entre emoções desvairadas, insistindo por apresentarem-se dramáticas, sofríveis e manipuláveis, incapazes de fazerem-se sorridentes...

    Entre direitos e deveres as ações se diferem. Entre poder e querer as ações não acontecem. As particularidades são exclusivas, porém o respeito dever ser mútuo e coletivo.

Silêncio em vida...

O silêncio aparente não soa ao ritmo da vida...
A voz que cala é a mesma que escorre em sons...
Inesperadamente as cortinas se fecham...
Na sonoridade do querer
Não há espaço para o ser!
Apenas e totalmente protagonista em si...
Ausência constante de roteiro e significância.
Mais conveniente imitar, copiar, sem esquecer de criticar!
Para que criar? Para que transformar o comum?
Quero ver a mudança acontecer?
Ou simplesmente ser a mudança que querem de mim?
Perco minha essência nesse jogo de querer e poder...
Nada além de mim...
O tudo que transpõe a realidade em verdade.
Ações que incomodam e apavoram.
Atitudes que me fazem plena.
O descuido do "não",
Que permite a vida acontecer!

Para sempre em ti...

Aquele que me percorre com olhar intenso

Me desvenda ao fazer-se próximo.

No som latente não ouço a razão.

Por mais óbvia que seja a situação

Sempre há um pouco a se sentir

Me inspira a calar a voz desejosa

dos toques, do calor, de nós...

Inevitavelmente em  lágrimas

após a pele escorrer sabores.

Imersa em uma saudade real

Da ausência marcante...

Momentos únicos, nossos,

se partirem contigo, jamais morrerão.

Ficarás sempre vivo

Presente, jamais ausente!

Desconheço a dor da ausência

porque não a quero sentir.

Na sua presença, existe vida,

Somente, o meu viver em ti.

Somente...

Sei exatamente o quanto de você 

quero que esteja em mim, comigo...

                                                                                      Taíse Cruz.

Minha verdade...

Sinto apenas a verdade a que me permito encontrar.

Taíse Cruz.

Latente sentir...

Essa incerteza, em incômodo constante.

Preciso silenciar essa voz tão fria.

O meu sorrir está limitado, sem cores.

O coração descompassado

por um querer em dores.

Sentir que o tempo passa

machucando o meu viver.

Não posso nessa espera estar...

Senhora de mim, preciso ser.

Refém deste sentir, não estou a viver...

A certeza do meu dia presente:

O meu sonho que virou realidade

está pronto para adormecer

e viver eternamente em lembranças,

prontas para sempre te amar...

Embriagada de ti...

Presença constante 

de toques inebriantes.

Incoerência desfeita,

marcada pelo silêncio

que percorre meu ser.

Verdades desmedidas,

saudade contida.

O beijo presente

nesta ausência de você...

Percorre o corpo que é seu

e se embriague de desejo,

amando essa vontade

de eternizar-se no colo meu...

Poesia

Homenagem pelo dia nacional e internacional da poesia e em especial para os alunos da escola Profª. Dalva Vieira Itavo. Agradeço o carinho.

Poetizar, emocionar!

Eternizar-se...

Compor-se de si, 

Tocar os mais distintos pulsantes,

Mesmo que em momentos errantes.

Sentindo o impossível,

Alcançar o invisível.

Transpondo o possível de cada um!

Viva a poesia!

Quem é você?

Calmaria que me desassossega

à espera de lhe ver novamente.

Abraço que envolve e aconchega

um beijo que é todo envolvente.

Sinto a cada instante

o meu pulsante não mais errante.

Um saudosismo eminente

que me faz seguir em frente.

Homem dos meus sonhos

vem morar em mim,

ser a verdade mais plena

que se achega enfim.

Cinzento amar...

Não sei explicar, o que se passa comigo, em mim...

parece que me falta ar... 

As lágrimas rolam

e se misturam com o cinzento céu

que escurece meu sorrir....

Não quero sentir tamanho aperto 

enraizar-se neste pulsante descontente.

Quero apenas memorizar,

vivenciar a necessidade deste pulsar de ti.

Obscuridades infindas me sufocam fortemente,

já não sei o que fazer sem o som, 

o cheiro, sem a voz, sem o olhar...

O pouco azul que vejo

mistura-se com as lembranças e os sonhos...

significando apenas que o meu hoje, 

não se concretiza por ações e emoções.

Somente se realiza na ilusão 

de um dia transcender a película

que envolve um coração esmaecido pela espera de ti.

Vento em mim...

Inconsequente de suas razões...

desmedida em gestos,

esmerada em versos.

Lembranças incoerentes

senhoras de si.

Olhares desejosos

irmanados por um sentir

que trespassa sua noção de mim.

Inefável perder-se assim,

impulsionada por momentos

que não vivi...

Simplicidade constante,

inocente de ti.

Vagueia sem pressa

estonteante em promessas

de um amor eterno.

Palavras que se misturam,

compõem as vidas que,

se tocam no infinito...

Sim, esse é o nosso lugar.

Habitar por todo o sempre,

além mar...

Tempo inimigo...

Ah tempo inimigo...

Incoerente... onde novos ventos 

se anexam ao tempo que espera

pelos carinhos de outrora.

Voz que acalenta um saudosismo presente...

Ah tempo inimigo...

Porque insiste em passar com tanta pressa?

Me deixe ficar no aconchego de meu bem..

Me permita dançar, sentindo seu cheiro bom...

Olhar em seus olhos e me sentir livre para voar...

Ah tempo inimigo...

Versos que expressam as palavras ternas 

de um amor corrente e inocente.

Brilho das lembranças compostas, 

de vivências que esperam e se alegram de ti.

Ah tempo inimigo...

O eu de cada um...

    Depois de um dia comum cheio de afazeres mais comuns ainda, eis que acontece o inimaginável...

    Neste livro que se escreve diariamente palavras trocadas 

compõem uma  nova história. São páginas premeditadas, inesperadas, ilusórias e reais. Vidas opostas contrapondo

as verdades, sonhos e metas. O impossível dentro do possível de cada um, transformando o comum. 

    Sorrindo e sentindo,  crescendo, olhando e aprendendo com os detalhes que tornam a vida mais especial. Um sorriso familiar, um abraço caloroso. Demonstrações afetuosas e singulares. Porém, nesta mistura de sentimentos existem relacionamentos e não relações. Por mais que tudo pareça estar interligado, conhecido somos completamente estranhos mediante situações que fujam do nosso controle.        

    Os relacionamentos de diferentes momentos, intensidades e circunstâncias, passam a ser relações frias e mesquinhas, completamente indiferentes a tudo e todos.

   Acredito na verdade do meu coração. O que faz uma pessoa te amar e no mesmo instante te odiar? Dolorosamente vivenciei esta situação.

   No ponto alto do conflito as vozes ficaram inaudíveis, olhos escorreram a dor da alma e o coração comprimiu-se dentro do peito.

    O que predomina no ambiente? Apenas a verdade de cada um. São argumentos, ressentimentos, distâncias e desencontros envoltos em um sentir gélido.

    O calor das vivências, as gargalhadas, os bons momentos, simplesmente ignorados em favor de uma razão equivocada. Razões e emoções quando põem-se a bailar despertam inimigos esquecidos, enfurecidos e sedentos de destruição. Vou cantar para esta dor adormecer e aos poucos a esquecer. 

    O tempo sem pressa, faz as transformações necessárias... 

Como diz a sabedoria popular, cada um sabe a doçura e o dissabor de ser quem é...

    E você? Qual o seu sabor?

Dissabores...

Suas letras aos meus olhos

são candura e poesia.

Considerar momentos e sonhos,

realizar proezas com magia.

O que dorme em pensamentos bons

me assegura destemperos vãos.

Olhos vazios e sem cores, 

vozes em dissabores. 
O tempo, inimigo da felicidade, 
se assemelha às dores em quantidade...
São mãos e pés cansados,
mente e coração dilacerados.

Simplesmente...
Refém desta angústia ocasionada.

Inverso...

Entre sons constantes

olhares dispersos

em batidas pulsantes

de sonhos inversos.

Nessa indiferença,

a sua presença...

Olhares, beijos e toques

Nada além de um querer,
esmerado em retoques

na volúpia de um anoitecer.

Metades...

Incompleta...

desfeita de minhas verdades.

Procuro...

os momentos longínquos.

Espero...

nessa ausência infinita.

Lamento...

o tempo em ti.

Preciso...

emergir em mim.

Convivo...

entre lembranças.

Agindo...

em esperança.

Sorrindo...

verdades vivas.

Buscando...

a metade que se encaixa.

Amando...

o tudo que somos nós!

Em cores...

    Mergulhe um pouco mais nas emoções, jamais deixe um dia ficar sem cores!

Retoques...

Toques inocentes, sedentos de ti

Calores indiferentes

Pulsantes ao ritmo dos olhares

Admirando cada detalhe seu,

Apaixonadamente...

Essa pele tão familiar ao meu toque

Percorre a calmaria que vem de ti.

Pensamentos bons, 

vontades necessárias

Carícias vibrantes...

Toca meus olhos como ninguém.

Me faz tua eternamente...

Beija os lábios que são teus,

na candura dos sonhos meus...

Brisa...

São os ventos que direcionam as vontades...

Inerentes à veracidade dos sonhos perdidos.

Olhares intensos e ternos me iluminam, 

conversando docemente ao ritmo e

às cores imaginadas... suavemente...

O que eu tenho é quase nada!

Vem morar comigo no meu abraço...

Encontre meu calor e sinta a magia.

Me permita esta noite ser a sua mulher,

Viver em nós a essência que nos eterniza.

Escolhas...

Ao dispor-me a ti e   

escolher sua presença 

em minha vida...

Palavras em momentos,

expressando,

toda a força que emana de nós,

que sai do mesmo lugar,

porém, para algumas pessoas,

vão mais longe,

para outras, nem tanto...

Cabe a nós escolher 

a intensidade e o tom

da mudança que 

queremos ser.

Me sinto em processo 

de seguimento...

para alcançar simplesmente,

o infinito...