Dona Paciência...
Tudo bem com você? Poderia me dizer o que posso fazer se os meus sentimentos não conseguem viver?
Como preencher esse vazio, essa ausência?
Se ao menos eu soubesse como e onde te encontrar, essas lágrimas não cairiam do meu rosto com tanta eloquência. Enxugo-as em um dia, porém no outro elas já se fazem presente.
No mundo real, me fecho na obscuridade e lá te encontro. Como me faz bem seu olhos nos meus, sempre tão cheios de vida, de alegria. Seu abraço tão forte, me acolhe, me protege, me afaga.
Acontece que eu cansei... Cansei de sonhar, de esperar, ter a tão pedida a mim, paciência. Essa tal de paciência já me testou de todas as formas e quero dizer umas verdades em sua polida "carinha": - Chega! Já não aguento mais! É um mundo fascinante, encantador, ficar sonhando, esperando, imaginando, mas dói demais afastar o olhar e perceber que você não se está vivendo este momento de verdade.
Esse exercício de sonhar, essa prática causa uma adrenalina boa, mas momentânea. Quando eu vivia em mim, era tudo mais fácil, não tinha dor, angústia, espera. Evidente que muito se perdeu com tudo isso, mas o maior ganho foi o conhecer-se. (Essa contradição, vai ser uma discussão eterna, pois sou ser mutante de ações e sensações. Somos assim!).
Essa seria toda a verdade que gostaria de dizer a essa tal de Dona Paciência, que, de tão paciente, não se importa com quem a espera, pensa que sempre está tudo no horário perfeito, no momento exato.
Ah, Dona Paciência... sofro nessa espera! Para todos sempre tenho um olhar lindo, um sorriso feliz! Engano-os, mas não engano a mim. Sei o que me falta e o quanto me falta. Sei que já não estou te querendo mais, agora vou deixar outras "Donas" virem me visitar: Atitude, Vontade... e outras mais que quiserem se achegar.
Não fique triste Dona Paciência, não a estou descartando de minha vida, apenas vou tirá-la do posto de prioridade, ainda preciso de sua companhia em minha vida!
Um abraço e um beijo com carinho,
Dona Taíse.
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